Consegue ver felicidade na sua rotina?
É louco pensar como nossa vida passa depressa, como temos pouco tempo e muitos boletos pra pagar. Parece que 24 horas passam em 12 e a rotina vai nos guiando durante boa parte disso tudo. Aliás, você consegue ver felicidade na sua rotina, naqueles poucos minutos junto de seus filhos, seu marido, esposa, amigos?
Essa é uma pergunta que me pegou de jeito um tempo atrás. Acredito muito que esse tema sirva para muitas famílias ou mesmo muitos casais que convivem diariamente e que normalmente fazem as mesmas coisas todos os dias, quase que como um robô muitas vezes.
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Pois bem, em Novembro de 2017 nasceu minha maior felicidade, meu filhote Benjamin. Claro que nossa vida mudou, e muito, e pra muito melhor. No começo era meio assustador ser pai, por conta das responsabilidades e de saber que tem uma vida que depende de você, mas fui me acostumando e a cada sorriso do bichinho eu ganhava mais energia.
Acontece que eu já não tinha mais horário para nada, tudo era (e ainda é) em função das necessidades dele.
Daí pra frente minha vida virou uma loucura em relação ao tempo. Quando não trabalhava exclusivamente com fotografia eu acordava as 6 hrs (sem contar os tetês da madruga), fazia o café da manhã, ficava uns 30 min com ele e já partia para o trabalho. Na hora do almoço eu comia correndo e seguia pra minha sogra tentar ficar um pouco mais com ele (mais uns 30 min). Voltava as 17 hrs, ficava uma hora com ele depois já começava o ritual do banho, seguido do tetê e já era, o bichinho embalava dormir.
Nosso tempo tempo juntos é muito restrito. Talvez não só o nosso não é? Quantas vezes você faz tudo o que tinha planejado (ou nem tudo) para aquele dia, engole a comida e quando vai ver já está terminando a novela. Seu dia já se foi.
"Em casa de ferreiro o espeto é de pau".Quem nunca?
Eu como fotógrafo vivo registrando outras pessoas, outras famílias e acabo deixando um pouco de lado as imagens da minha própria família.
Mas no carnaval eu estava limpando minhas lentes e a Mayara e o Benjamin estavam no chão da sala. Pensei: "Por quê não?"
Fui chegando perto e comecei a fotografar. Sem poses sem nada.
Quando fui editar tive uma boa surpresa, curti demais as fotos e a maneira como foram feitas.
Nem sempre conseguimos enxergar as coisas justamente por quê estamos vivenciando nossa rotina intensamente e acredito que um olhar de fora possa ajudar a mostrar tudo isso.
Hoje ele está com 5 meses, e como passou rápido. Daqui a pouco já está sentando sozinho, comendo papinha, engatinhando pela casa, fazendo umas artes, tomando uns pitos da mãe. E eu mal tinha registrado tudo isso, fiz pouquíssimas fotos.
Nessa rotina simples, corrida, em que nem tudo são flores, será que consigo perceber a felicidade?
Foi pensando nesse assunto que fui fotografar a rotina de um domingo de manhã na casa de uma amiga dos tempos de colégio. A Natália e o Tatão tem 2 filhos, o João Felipe e a Ísis, dois figuras. Eu queria buscar essa felicidade demonstrada em coisas simples, em pequenos gestos, olhares, às vezes numa bronca mesmo, afinal educar tem dessas.
Queria que vocês assistissem o vídeo que preparei pra eles, tem algumas fotos desse dia e aí volto a falar.
Quando entreguei o trabalho pra eles fiquei muito contente porque consegui perceber que eles entenderam o propósito, acreditaram e enxergaram a felicidade na rotina deles, em um abraço, em uma brincadeira, em um olhar.
E nós, costumamos guardar esses momentos? As coisas verdadeiras da nossa vida, de como tudo era na real?
Essas lembranças normalmente vão se perdendo e acabam ficando alguns resquícios das imagens na nossa memória. E é por esse motivo que acredito nesse trabalho de fotografia documental.
Como queremos ser lembrados? Como queremos lembrar dos nossos filhos? Será que vamos perder esses pequenos e especiais momentos no tempo?
Não complique a vida, cuide de todos os momentos como únicos pois eles passam, e bem rápido.
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Curtiu, quer conhecer mais sobre como conseguir esses registros da sua família? Me mande uma mensagem, eu tenho algo muito legal preparado pra sua família.
Também está convidado a vir em casa pra conversar e tomar uma xícara de NAN (preparo de olho fechado).
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Me mande aqui. =]
